Brasília recebe nesta semana, nos dias 15 e 16, a sétima edição da Marcha das Margaridas, maior ação conjunta de mulheres trabalhadoras da América Latina, que é realizada há 23 anos na capital federal do Brasil. Reunindo mulheres de todo o país na busca por um mundo mais justo e igualitário.
Em 2023, o lema é “Margaridas em Marcha: Pela reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver!”. Reconstruir os quatros anos de políticas públicas desconstruídas com o Governo Bolsonaro, que atingiram principalmente as mulheres negras, trabalhadoras, do campo, da floresta e das águas. Já o bem viver é propor um modo de vida coletivo com relações de solidariedade, valores e princípios em comum.
A marcha acontece a cada 4 anos e reúne mulheres de diversos movimentos sociais. Elas marcham junto até a capital do país para homenagear a memória de Margarida Alves e reivindicar pela erradicação da pobreza, da fome e pelo fim da violência sexista. A expectativa é que 2023 bate recorde de público, a última que aconteceu em 2019 teve 100 mil mulheres participantes de diversas regiões do Brasil. A marcha é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag).
Primeira Marcha
A primeira marcha reuniu cerca de 20 mil mulheres e foi motivada pela adesão à Marcha Mundial de Mulheres, que mobilizou mulheres no mundo inteiro contra a fome e a violência sexista. No Brasil, a iniciativa de marchar partiu das mulheres trabalhadoras rurais com o lema “2000 razões para marchar contra a fome, a pobreza e a violência sexista”.
O objetivo era fortalecer o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável. Era o Governo de Fernando Henrique Cardoso e a marcha denunciava o modelo de desenvolvimento rural do país e de como a política de Estado neo-liberal impactava a vida das trabalhadoras e trabalhadores rurais.
A marcha também nasceu como uma forma de reivindicação das mulheres trabalhadoras para participarem mais ativamente das construções das políticas públicas do trabalho, que levasse em consideração também suas particularidades. O resultado da primeira marcha foi que pela primeira vez na história do país o governo federal negociou e analisou as pautas das trabalhadoras rurais. Foi a primeira vez também que mulheres estiveram à frente das conversas. Desde então com o encontro que acontece a cada quatro anos busca dar voz a mais mulheres, em busca de um país mais igual e justo
Associação Margarida Alves
A história da Instituição As Pensadoras e da Margarida Alves tem muito se assemelham, e é por isso que o nome da sindicalista é homenageado em nossa associação. Nosso maior compromisso – da Instituição As Pensadoras – é contribuir com a busca por políticas igualitárias e justas, que sejam de fato democráticas e pluralistas para todas, todes e todos.
Além de oferecer cursos sobre o feminismo, As Pensadoras também conta com uma comunidade onde qualquer pessoa pode se associar e ajudar no trabalho desenvolvido pela instituição.
A comunidade foi fundada como um local onde todas as colaboradoras unem-se em prol de um objetivo comum: combater a desigualdade de gênero. O espaço foi criado por meio de encontros e experiências d’As Pensadoras, que nasceu do anseio de um grupo de mulheres de transformar a realidade de outras tantas por meio da disseminação democrática do conhecimento.
Ao se associar à Instituição no plano Margarida Alves, a organização disponibiliza diversos benefícios, sendo o mais importante a viabilização do conhecimento para mulheres que estão em situação de vulnerabilidade econômica.
Outras vantagens de ser uma associada Margarida Alves são: acesso gratuito à 01 curso de Aperfeiçoamento; clube de leitura feminista (7 livros enviados numa assinatura de 12 meses); acesso gratuito em todos os cursos disponíveis n’As Pensadoras; participação gratuita em fóruns, oficinas, workshops e agenda cultural; clipping de Notícias Semanal; revista da comunidade e a participação em editais para ofertar cursos n’As Pensadoras.
Consulte o site oficial para conferir como foram as outras seis edições da Marcha das Margaridas, para se inscrever e contribuir com o movimento clicando aqui.