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Como o estudo de gênero influencia a saúde mental da mulher?

Conhecida por sua ampla e importante pesquisa sobre saúde mental e gênero, a professora do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília (UNB), Valeska Zanello, vai apresentar um pouco do seu trabalho nesta palestra virtual. O bate-papo será transmitido pelo canal do YouTube da As Pensadoras no mês da mulher, no dia 12 de março, às 19h. A mediação fica por conta da coordenadora da instituição, a professora e doutora, Rita Machado.

Valeska é autora de dois importantes livros, “A Prateleira do Amor: Sobre Mulheres, Homens e Relações” de 2022 e “Saúde Mental, Gênero e Dispositivos: Cultura e Processos de Subjetivação” de 2018. Uma de suas linhas de pesquisa aborda o adoecimento psíquico e a saúde mental de mulheres em sociedades sexistas como a brasileira, utilizando-se das categorias analíticas do dispositivo amoroso e materno.

Em sua palestra, Valeska vai tratar de temas como o conceito de gênero – baseado em performance e emoções, tecnologias de gênero, processos de subjetivação e dispositivos de gênero (como amoroso, materno e da eficácia) e sobre o letramento de gênero e saúde mental. Tudo com base em seus trabalhos desenvolvidos e como exemplos de pesquisas.

Segundo a pesquisadora, uma mulher que tem conhecimento da desigualdade de gênero possui mais instrumentos para se fortalecer psiquicamente. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Valeska pontou: “Se você é ensinada, estimulada a investir em projetos de vida que não dependam da questão amorosa e da maternidade para existirem, que não dependam da avaliação masculina para ter valor, isso a fortalece psiquicamente, fortalece a sua saúde mental. Porém, para isso acontecer, a mulher precisa conseguir nomear os processos relacionados às relações desiguais de gênero construídas historicamente”.

Inscreva-se aqui: https://aspensadoras.com.br/plataforma/cursos/palestra-saude-mental-e-genero/

A Prateleira do Amor

Em seu livro, Valeska aponta como a cultura cria caminhos distintos no tornar-se um homem e uma mulher. Ela explica que para as mulheres a construção do seu ser é baseada na maternidade e no amor, que ela chama de dispositivo materno e dispositivo amoroso. No dispositivo amoroso, Valeska argumenta que há uma terceirização da autoestima da mulher, em que a mulher é medida pelo olhar do outro que a deseja e a ama, que quando as mulheres não estão em uma relação elas se sentem fracassadas, se sentem incompletas.

É como se existisse um amor-centramento que é criado pela cultura no processo de mulherificação, de se tornar mulher, e coloca então o outro como uma fonte de reconhecimento e de legitimação identitária.

A partir disso, a pesquisadora criou a metáfora da prateleira do amor, em que as mulheres se objetificam na prateleira do amor. E essa prateleira tem lugares muito diferentes marcados por um ideal estético que se construiu do começo do século passado para cá. E hoje temos uma ditadura estética e que o ideal é branco loiro magro jovem, essa ditadura estética para as mulheres tem a ver com o avanço do capitalismo.

Isso e muito mais ela aborda no livro. A imagem da prateleira explicita a profunda diferença qualitativa e de investimento que o amor romântico tem para mulheres e homens. Para elas, trata-se de algo identitário, motivo pelo qual persistem mesmo em relações abusivas. Para eles, trata-se de fonte inesgotável de lucro afetivo.

E uma grande novidade e presentão dAs Pensadoras, todas as associadas no plano anual Margarida Alves ganharão livro da pesquisadora “A Prateleira do Amor: Sobre Mulheres, Homens e Relações”.

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