Formato: Assíncrono
APRESENTAÇÃO:
O curso de Didática e Metodologia no Ensino – UMA PERSPECTIVA FEMINISTA foi desenvolvido com o objetivo de problematizar os conceitos de “método” e “didática” para além das proposições tradicionais de ensino. O “sujeito” das ciências foi fundamentado a partir de teorias majoritariamente masculinas; além disso, estamos inseridos em um contexto diferenciado daquele através do qual se pensou justificar as melhores técnicas de ensino, cujo processo envolve a performatividade do educador, juntamente com o desenvolvimento de métodos que possam dialogar com as diferentes realidades dos estudantes. Partindo do pressuposto de que se torna inviável fundamentar o currículo educacional em moldes tradicionais (ou sempre repetidos) [de maneira anacrônica], tem-se com este curso a pretensão de reinterpretar teorias da aprendizagem e de ensino através da ótica das teorias feministas, associando tradição e renovação. Como bem observa Hannah Arendt, “a crise de autoridade na educação está intimamente ligada com a crise da nossa atitude face a tudo o que é passado. Para o educador, este aspecto é especialmente difícil uma vez que é a ele que compete estabelecer a mediação entre o antigo e o novo, razão pela qual a sua profissão exige de si um extraordinário respeito pelo passado” (ARENDT, A crise na educação, p. 12). Desta forma, abordaremos as críticas feministas no que diz respeito a um posicionamento pós-estruturalista em relação ao saber, pois a linguagem utilizada em aula parece, frequentemente, reproduzir uma distinção sexista. Com isso surge o desafio de repensarmos a prática docente, de forma a que possamos situar e representar todos os indivíduos do ensino, apesar de sua classe, raça, gênero e os demais contextos que abarcam a pluralidade humana. Acreditamos que o curso será uma ótima oportunidade, tanto para aqueles profissionais da educação que buscam por um aperfeiçoamento que dialogue com as mudanças contemporâneas da realidade escolar e a teoria feminista, como também para os futuros profissionais que tenham interesse em ampliar seu horizonte de possibilidades metodológicas. Por isso, convidamos a todas e todos a fazer parte da reinvenção pedagógica do saber.
Pré-Requisito: É de extrema importância para o desenvolvimento das aulas, que as cursistas leiam a bibliografia básica do curso. Autoras sugeridas: Hannah Arendt, Laura Gracie, Laura Goulart, Guacira Lopes Louro, Bell Hooks, Sandra Corazza e Sueli Carneiro.
A ementa completa você terá acesso após confirmação da matrícula.
O objetivo deste módulo é de problematizar a distinção entre ensinar Filosofia e fazer Filosofia, buscando situar a referente disciplina enquanto uma ferramenta de caráter transversal para as demais áreas do saber. Além disso, consideramos de extrema importância repensarmos o diálogo entre “ensinar” e “educar”, adotando um posicionamento construtivista em relação ao referencial teórico que Matthew Lipman chama de “romance filosófico”. Acreditamos ser possível desenvolver valores éticos e morais – por exemplo –, a partir da leitura e debate de textos desenvolvidos especificamente para crianças e jovens. Nosso módulo irá adotar a perspectiva feminista em dois momentos: I) na tentativa de desenvolvermos um diálogo sobre questões de gênero para o público infantil, e II) na fundamentação do conceito de “literatura metafísica” desenvolvido por Simone de Beauvoir.
CURRÍCULO LATTES PROFESSORA BEATRÍS
Este módulo tem como um de seus objetivos recuperar criticamente o modo como a didática compôs a formação de professoras e professores de filosofia desde os primeiros cursos de licenciatura, no contexto de emergência da universidade brasileira: centralidade na aprendizagem da filosofia e secundarização do saber e da disciplina didática. A didática atribuída como o ofício de mulheres do campo da educação constituiu-se como enunciado orientador de práticas formativas ainda vigentes. Com tal constatação perguntamos: que didáticas, marcadas por esta questão de gênero, foram criadas e legitimadas? Que modos de ensinar e aprender filosofia foram por tais didáticas sustentados? O que podemos pensar acerca de uma perspectiva feminista a orientar a construção de didáticas da filosofia no contexto brasileiro atual? Tais questões orientarão o desenvolvimento do módulo e darão margem a outras mais, porque não se trata de obter respostas, mas sermos provocados a pensar o que, talvez, ainda não pensamos ou pensamos, mas não demos a elas a visibilidade necessária.
CURRÍCULO LATTES PROFESSORA ELISETE
No decorrer das aulas, pretende-se apresentar uma exposição teórica, nos termos da Estética e da Crítica de arte, sobre os modos próprios de enunciação da arte, no que se referem à expressão das subjetividades das artistas. Estas vêm à tona mediadas pelas linguagens artísticas, que, por sua vez, podem conformar as violências racistas e sexistas, que permeiam os corpos femininos negros e indígenas. Nesse sentido, discutem-se também as possibilidades de recepções de determinadas obras, considerando que a experiência estética vivenciada diante destas podem suscitar sentimentos diversos e consequentemente ocasionar alguma reflexão sobre os temas evocados. Há também o propósito de discorrer sobre certas obras, principalmente, de artistas indígenas e negras a fim de proporcionar o exercício de uma análise formal e simbólica das mesmas, no que tange ao enfrentamento do racismo e do sexismo.
CURRÍCULO LATTES PROFESSORA ALICE
Propõe-se a pensar a docência filosófica de uma perspectiva autoral e a Aula como espaço-tempo especial. Problematiza as funções docente e tradutória lado a lado, como imprescindíveis para que o pensamento filosófico se mantenha vivo e funcione em Aula, este espaço-tempo em que a transcriação da herança recebida é compartilhada no encontro com as novas gerações. Para tanto, ocupa-se das seguintes questões: como inventamos uma Aula, um curso? O que investigamos, lemos e escrevemos para essa invenção? Quais são os meios e os materiais que usamos para inventar? Quais bagagem, herança e tradição as Aulas carregam? O que nos força pensar, escolher textos, afastarmo-nos de outros, buscar distintas companhias para chegar ao ponto de dizer: “eis minha Aula”? Por quais encontros nas Aulas somos responsáveis? Quais são os dramas que se aninham sob o logos da aula? Como dramatizamos a pesquisa-docência? Afinal, o que e como transcriamos ao pesquisar para chegar a inventar uma aula? Tem como referências a filosofia de Deleuze e seu Método de Dramatização, a Didática da Transcriação de Haroldo de Campos e o Metodosofia de Sandra Corazza, que aponta direções e orientações imbuídas de uma liberdade imanente, em face da universalidade, implicadas, como estão, com procedimentos a serem inventados a partir daquilo que o sufixo sofia supõe, a saber: um tipo de sabedoria plena de afectos e perceptos, literatura e arte, ciência e filosofia.
CURRÍCULO LATTES PROFESSORA ESTER
As aulas têm por finalidade oferecer apoio e orientação às pessoas interessadas em promover a equidade de gênero na escola, na família, na comunidade e na sociedade em geral, a partir de instrumentos de auto avaliação que lhes permita o desenvolvimento de atividades didáticas, a fim de diminuir e eliminar os preconceitos de gênero e o sexismo veiculados pelos materiais didáticos, pelos manuais escolares e, sobretudo, pela sociedade. Contudo, o conteúdo não pretende ser exaustivo, sendo antes de mais nada, interativo. O transcurso das aulas se dará por uma combinação de pesquisa, de auto avaliação e de sugestões práticas, acompanhadas de fontes de informação e bibliografia. Os/as educadores/as, usarão sua criatividade e seus conhecimentos para escolher, dentre estes meios, os mais apropriados para a idade e para o nível de desenvolvimento dos/das alunos/as.
80 horas
80h - Instituição As Pensadoras
Hotmart
Beatris Seus é formada em Filosofia – Licenciatura pela Universidade Federal de Pelotas (2016), sendo também Mestre em Filosofia Moral e Polítca, no qual foi bolsista CAPES, na mesma instituição (2017). Atualmente cursa Doutorado na UFPel, defendendo a Tese intitulada “Simone de Beauvoir e a superação do Niilismo: Fundamentação de um Princípio Moral Universalizável”. Seus estudos concentram-se na Filosofia Moderna e Contemporânea, com ênfase em Ética, Ontologia, Fenomenologia e Existencialismo; estendendo-se à pesquisa sobre a filosofia kantiana, schopenhaueriana e nietzschiana. Professora Formadora junto ao Curso de Licenciatura em Filosofia a Distância da UFPel no âmbito da Universidade Aberta do Brasil (UAB), e Professora de Filosofia e Sociologia no centro educacional presencial e EaD Uni Colégio. Autora da obra “Simone de Beauvoir e a libertação da mulher: do existencialismo sartriano à moral da ambiguidade”, fruto de sua dissertação de mestrado.
Possui Doutorado (Doctorat d´État) em Filosofia pela Université Paris Ouest Nanterre la Défense – France (2008) e Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo – (2008). Tem Mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2002), Graduação em Bacharelado (1995) e Licenciatura (1996) de Filosofia pela Universidade de São Paulo, e Graduação em Bacharelado de Ciências Sociais (1991) pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Atualmente exerce o cargo de Professora Efetiva, com Dedicação Exclusiva, na Universidade Federal de São Carlos, atuando no Ensino de Graduação junto ao Curso de Licenciatura de Filosofia e na Pós-Graduação junto ao Programa de Educação. É membro de três conselhos editoriais: do periódico Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação da Universidade de Brasília DF (ISSN 16798785); do periódico Fermentario da Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación, Universidad de la República, Montevideo, Uruguay (ISSN 16886151); da Coleção Filosofia e Ensino da Editora UNIJUí RS. Tem experiência nas áreas de Filosofia e de Educação, com ênfase em Ética e Filosofia Política, Teoria Política, Direitos Humanos, Ensino de Filosofia, Formação de Professores, Epistemologia e Estética. Atualmente coordena o grupo de pesquisa “Aspectos Éticos, Políticos, Estéticos e Epistemológicos das Teorias e Práticas Escolares ou Educacionais”; o “Laboratório de Ensino de Filosofia e Formação de Professores” (Lenfi) e o curso de Pós-Graduação em Ensino de Filosofia (Lato Sensu) da UFSCar.Doutora em Filosofia pela PUC-Rio. Mestre em Filosofia pela UFRRJ. Possui graduação em Licenciatura em Filosofia pela UFRRJ. Graduanda em Psicologia (UVA). Cursou Estágio pós-doutoral em Filosofia na UFRJ sobre feminismo e reescrita da história das mulheres (2021), sob supervisão de Carla Rodrigues. É professora convidada do curso de Especialização em Fil. Contemporânea PUC-Rio (das disciplinas de Ética e Teoria Crítica), dos cursos de MBA da FGV (Ética e Sustentabilidade e Filosofia e Sociologia para gestores), Foi Professora Substituta do Colégio Federal Pedro II durante dois anos. Membro do GT FIL. Filosofia e Gênero e do GT Filosofia e Psicanálise na ANPOF. Psicanalista, Professora e Pesquisadora, com foco na intervenção clínica com crianças, adolescentes e adultos, saúde da mulher, violência de gênero e Autismos (Membro do Fórum do Campo Lacaniano da Região dos Lagos – FCllagos, pertencente a Federação e a Internacional dos Fóruns do Campo Lacaniano). Foi Coordenadora do Ambulatório de Escuta (Vida, Ouvida), que oferece atendimento psicológico para mulheres em situação de vulnerabilidade (Filosofia em Perspectiva-PUC-PR). Colaboradora do Projeto Mulheres que leem Mulheres (da Rede Brasileira de Mulheres Filósofas), Coordenou, entre 2023 e 2024 o Seminário: Gênero, Filosofia e Psicanálise do Fórum do Campo Lacaniano da Região dos Lagos.
Professora Adjunta na Universidade Federal de Rondonópolis, desde 2017. Integra o corpo docente permanente no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Mato Grosso. É Pós-Doutora (UFMG), Doutora (USP) e Mestre (UFOP) em Filosofia, com ênfase em Estética e Crítica de Arte. É também Pós-doutora, na área de Educação, na linha de pesquisa Movimentos Sociais, Política e Educação Popular (UFMT), onde abordou o Cinema Negro na sua interface com o conhecimento, a identidade e educação estética no Brasil.Participa da Associação Brasileira de Estética; da International Association for Aesthetics ; assim como atua junto aos Grupos de Trabalho: Filosofia e Raça; e Estética da Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia. Atualmente, desenvolve pesquisas sobre as artes e expressões culturais afrodescendentes e indígenas, considerando as expressões feministas, implicadas em tais representações, assim como, discute as formas de confrontar o racismo mediante as linguagens artísticas. Tem diversas publicações nas referidas temáticas. É revisora dos seguintes periódicos: PERCURSOS (Udesc – FAED), Perspectivas: Revista de Filosofia (UFT), ARTEFILOSOFIA (UFOP), Dissonância: Revista de Teoria Crítica (UNICAMP), Canoa do Tempo (PPGH-UFAM), KÍNESIS (UNESP – Marília), PALÍNDROMO (Udesc – CEART), Educação e Filosofia (UFU), VISO : CADERNOS DE ESTÉTICA APLICADA (UFF), Pólemos – Revista de Estudantes de Filosofia da UNB, Eleuthería – Revista do Curso de Filosofia da UFMS, Perspectiva Filosófica (UFPE), Studia Kantiana (UFPR).
Professora-pesquisadora Associada da UNIOESTE, Campus Toledo (PR), no curso de Filosofia – Licenciatura, Mestrado e Doutorado (Linha: Ética e Filosofia Política). Pesquisa, publica e leciona em torno da Filosofia de Deleuze e seus intercessores; da Filosofia estética e política de Rancière; Filosofia da Educação e do Ensino de Filosofia. É sensível aos estudos em torno das mulheres e a filosofia. Interessa, sobretudo, ocupar-se das variações e possibilidades de modos de existência que desafiam a lógica da identidade, da representação e do juízo e que afirmam o devir, a invenção e a transcriação. Participa da Rede de Pesquisa “Escrileituras da diferença em filosofia-educação” ; do Grupo de Pesquisa da UNIOESTE Ética e Política/CNPq. Graduada em Filosofia (Licenciatura – 1998) e mestre em Educação nas Ciências, área Filosofia (2002), pela UNIJUÍ e doutora em Educação, linha de pesquisa Filosofia da diferença e educação (2008), pela UFRGS. Entre 2021 e 2022 fez estágio de pós-doutorado na Universidade de Buenos Aires, Filosofia. Membro da Diretoria da ANPOF, gestão 2023-2024. Mãe da Helouise Heuser Schorn, desde 15 de fevereiro de 1999.
Possui Licenciatura Plena em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (1985), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (1991), doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (2000) e pós-doutorado na Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP, campus de Marília. Atualmente é professora Titular da Universidade Federal de Santa Maria, Departamento de Metodologia do Ensino. Atua no Curso de Filosofia/UFSM nas disciplinas de Didática da Filosofia, Pesquisa para o Ensino de Filosofia e Estágio Curricular Supervisionado. Líder do Grupo de Pesquisa/CNPQ FILJEM (Filosofia, Cultura e Educação). Coordenadora do LEAF – Laboratório de Ensino e Aprendizagem de Filosofia, do Curso de Filosofia/UFSM. É professora do Programa de Pós-Graduação em Educação e coordenadora da Linha de Pesquisa 2: Políticas públicas educacionais, práticas educativas e suas interfaces investigando e orientando nos seguintes temas: ensino de filosofia, educação e juventude, ensino médio. Coordenou o Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSM nos anos de 2010 e 2011 e o PIBID/Filosofia/UFSM no período de 2010 a 2015. Orcid – https://orcid.org/0000-0002-4979-7415. Membro do Conselho Editorial da Editora da UFSM. Bolsista Produtividade em Pesquisa – PQ2.
As Pensadoras: uma instituição que oferece formação, estudo e visibilidade do pensamento das mulheres.
R&R Consultoria e Cursos Feministas LTDA
CNPJ: 37.470.437/0001-07