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Os diários de CAROLINA DE JESUS, SUSAN SONTAG, SYLVIA PLATH e VIRGINIA WOOLF

Descrição

FORMATO: Assíncrono

Este curso em formato Oficina parte dos diários das escritoras Carolina Maria de Jesus, Susan Sontag, Sylvia Plath e Virginia Woolf os pensando como gestos de criação de vida, de criação poética e de performances de si. Performance, nesse caso, como ato demiúrgico – ato de criação. A escrita dos diários como espaços em que essas mulheres se criaram.  Lê-las, então, é ativar essas vidas; conviver com elas. A leitura e a escrita, como criadoras de corpos vivos. O processo de criação a partir das memórias, que cria tempos sobrepostos que por meio da escrita existem, vivos.

Convite
Essa proposta surge da tentativa de ler diários de mulheres como um gesto de leitura à contra pelo das narrativas dos jornais – que foram por tanto tempo escritos só por homens. A leitura dos diários como uma forma de tentar rever as narrativas que nos foram contadas, e em quem, historicamente, pôde falar. 

 

Aula 1: Escrever entre coincidência da experiência de viver e a consciência da existência

  • Introdução às poéticas de Carolina Maria de Jesus, Virginia Woolf, Susan Sontag e Sylvia Plath em seus diários.
  • Uma breve apresentação das quatro escritoras, e a partir dos escritos delas apresentar termos que serão chaves de leituras de seus diários. 
  • A escrita como lugar de autoridade e de preservação. Quais possibilidades de vida esses escritos guardam? Onde essas vidas, criadas pela escrita, vivem? Qual o presente do tempo da memória? 

 

Aula 2: Arquivos em disputa – as publicações dos diários

O arquivo se tornou, aos poucos, um conceito da relação entre sujeito e memória, sujeito e produção de testemunho, documentação. Os diários de Sylvia Plath foram publicados por Ted Hughes, seu ex-marido; os diários de Carolina Maria de Jesus foram publicados por Audálio Dantas, um repórter; os diários de Susan Sontag foram publicados por David Rieff, seu filho; e os diários de Virginia Woolf foram publicados por Leonard Woolf, seu marido. Se tratando das escritas de quatro mulheres, sendo regidas por quatro homens, vamos pensar na passagem do micropolítico em que suas escritas se encontram, para o macropolítico que passam a fazer parte depois de publicadas.A criação de um arquivo é, também, uma questão de linguagem, de transposição. Se não existe transposição direta do que é a memória, transposição direta do que é um fato, o arquivo é uma criação. Não há forma natural de ordenar. Não é possível chegar a algum lugar de pureza em que se possa dizer como um arquivo deva ser manipulado e constituído. Assim, se o que se apresenta como arquivo não pode chegar a algum lugar ontológico daquilo a que ele se refere, o que se oferece ao público não é apenas o passado, mas a mediação de todos os olhares que foram lançados sob esse passado. Tratando esses arquivos como um sistema vivo e aberto à permeabilidade das práticas que regem a sua guarda, essa aula busca evidenciar como essas criações estão em disputa; pensando na importância da publicação dessas vozes, e tensionando a maneira como essas publicações foram feitas. Se o passado só pode ser conhecido à luz do presente, as perguntas para esses diários hoje são certamente muito diferentes das que foram feitas nos momentos de suas primeiras publicações.

 

Aula 3: O diário como ateliê do pensamento

Interseções entre aquilo que foi formalizado como “obra” e o que cabe à “escrita íntima”, à “vida pessoal”. Se é tudo criação, se tudo passa por questões de linguagem, de criação de matéria, nos interessa essa separação?

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Certificação

Instituição As Pensadoras

Formato

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Plataforma

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