Estudos Feministas, Mulheres e Educação Popular – Vol. 3

Descrição

SOBRE A OBRA

Memória. Para as populações negras, essa palavra pode ser a chave que conecta as aprendizagens basilares residentes em nossa eterna busca por libertação. Negada historicamente, acessar nossa memória não é uma tarefa fácil, seja pela ausência de ferramentas que nos apontem o caminho, ou principalmente, pela violenta retirada de nossas referências durante a vida, nossas memórias costumam ser marcadas pela “dororidade” – o nosso reconhecimento mútuo através da dor. Mas, seja por dororidade ou não, para nós mulheres negras o debate sobre memória está diretamente ligado à construção de nossa identidade. É na filosofia africana que encontramos a simbologia que indica a volta ao passado é ressignificar o presente, e, também, mostra que eu sou, porque todas nós somos. Se engana quem acha que resgatar a memória é somente abrir as portas do passado, pelo contrário, a memória das mulheres negras são a chave do futuro. A tentativa de contar nossas histórias é fomentar o que entendemos por “memória coletiva” (Anielle Franco).

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