Violeta del Carmen Parra Sandoval, conhecida como Violeta Parra, foi uma das mais importantes referências da música no Chile, compositora, cantora, artista plástica e ceramista. Sua jornada na música começou aos 15 anos, após o falecimento de seu pai. No mesmo ano, deixou a casa de sua mãe no interior do Chile e mudou-se para Santiago. Em parceria com sua irmã Hilda, formou a dupla Las Hermanas Parra, que se dedicavam a interpretar músicas folclóricas nas noites da cidade. Essas canções não apenas se tornaram sua fonte de sustento, mas também a chave para seu reconhecimento como compositora e folclorista.
Em 1953, Violeta Parra já havia lançado os primeiros álbuns de sua carreira solo, coincidindo com um período áureo de resgate e valorização da música tradicional chilena. Suas realizações foram a base para o desenvolvimento de um vibrante movimento estético-musical-político chamado Nueva Canción Chilena, nas décadas de 1960-1970, baseado nas culturas populares tradicionais e no ativismo político de esquerda.
Ela se dedicou a mapear ritmos, danças e canções populares, aprofundando suas pesquisas nas raízes folclóricas chilenas e compondo seus próprios temas musicais. Gradualmente, abdicou dos boleros que costumava cantar e compilou cerca de três mil canções tradicionais.
Violeta Parra desempenhou um papel crucial na preservação e na promoção da música folclórica chilena e latino-americana. Suas canções folclóricas autênticas e poéticas capturaram a essência da cultura popular chilena, e algumas de suas obras mais conhecidas, como “Gracias a la Vida” e “Volver a los Diecisiete“, se tornaram hinos da música latino-americana.
Infelizmente, a vida pessoal de Violeta Parra foi marcada por desafios, incluindo a luta contra a depressão. Em 1967, ela tirou a própria vida, deixando para trás um legado duradouro na música e na arte folclórica chilena e latino-americana. Sua obra continua a ser celebrada e influente até os dias de hoje, sendo inestimável para a música engajada latino-americana.
Violeta Parra é uma das homenageadas em nossa Escola As Pensadoras, tendo seu nome vinculado a uma de nossas associações. Assim como as canções de Violeta Parra, nossa Escola busca frequentemente abordar questões de justiça social, desigualdade e empoderamento das mulheres em toda a América Latina.
Entrelaçadas com a história de Violeta Parra, nossa comunidade se fortalece diariamente com pessoas interessadas em construir conhecimento e formas de se relacionar a partir de um ponto de vista feminista, libertador e coletivo. Temos o compromisso de contribuir com a busca por políticas igualitárias e justas, que sejam verdadeiramente democráticas e pluralistas.
Ao fazer parte do Plano Violeta Parra, você terá como benefícios: receber o Clipping de Notícias Semanal e a revista da comunidade; participar dos fóruns, oficinas, workshops, agenda cultural, cursos, minicursos e editais para ofertar cursos n’As Pensadoras; além de taxas mais acessíveis em nossa livraria e aperfeiçoamentos.
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Neste dia, 04 de outubro, honramos não apenas sua contribuição excepcional para a música, a arte e a cultura folclórica, mas também sua vida e seu compromisso com a luta das mulheres e a justiça social.
“El amor es torbellino
De pureza original
Hasta el feroz animal
Susurra su dulce trino“
Violeta Parra!
Texto: Lawrin Ritter
Fontes: As Pensadoras / Memórias da Ditadura / R7Biografias
As Pensadoras: uma instituição que oferece formação, estudo e visibilidade do pensamento das mulheres.
